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Ministro da saúde anuncia liberação de verba para compra de equipamento de última geração para o incor
09/04/2011
Em visita ao Incor, neste sábado, Ministro da Saúde Alexandre Padilha anuncia liberação de R$ 2.800.000,00 para modernização da tecnologia PET do Incor, na qual o Instituto do Coração é pioneiro no Brasil. O novo equipamento melhorará a qualidade dos exames de tomografia e incrementará as pesquisas científicas que utilizam a tecnologia PET‐CT.
O Incor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMUSP) recebeu neste sábado (9), às 16h, visita oficial do Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que anunciou a liberação de R$ 2.800.000,00 do Ministério, para compra de tecnologia de última geração em tomógrafo por emissão de pósitrons (PET / Positron Emisson Tomography) acoplado com tomografia computadorizada (CT / Computer Tomography) num mesmo equipamento.
A aquisição do aparelho propiciará mais qualidade no diagnóstico dos mais de 800 exames realizados anualmente pelo hospital. Resultará ainda na ampliação do número de pesquisas que o Incor realiza com a tecnologia PET nas áreas de oncologia, neurologia e cardiologia.
Há sete anos, o Incor tem municiado o Ministério da Saúde com estudos sobre o custo‐ benefício desse diagnóstico, visando a sua inclusão na tabela de procedimentos pagos pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Com isso, será ampliado o acesso da população brasileira a esse moderno exame de imagem.
Além da Direção do Incor – presidida pelo Prof. Dr. Fábio Jatene ‐, estiveram presentes na visita o Governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckimin, o Secretário de Estado da Saúde de São Paulo, Prof. Dr. Giovanni Cerri, e autoridades do Sistema HC‐FMUSP (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP). Entre elas, o diretor da FMUSP, Prof. Dr. José Otávio Auler Júnior, e o novo superintendente do HC, Dr. Marcos Fumio.
O Ministro e as autoridades visitaram três laboratórios de pesquisa de ponta do Incor – Imunologia, Biologia Vascular e Genética e Cardiologia Molecular ‐, e a área em que o PET‐CT será futuramente instalado, no Serviço de Medicina Nuclear e Imagem Molecular.
O equipamento será comprado nos próximos meses, em sistema de leilão público, a contar da liberação da verba pelo Ministério da Saúde.
O QUE É A TECNOLOGIA PET
O aparelho que será adquirido pelo Incor com verbas do Ministério da Saúde permite a aquisição simultânea das imagens metabólicas do PET com as imagens anatômicas da CT. O resultado é uma significativa melhora na qualidade do diagnóstico, com maior rapidez na captação de imagens e, consequentemente, mais conforto para o paciente e menor custo financeiro para o sistema.
O PET serve como uma ferramenta crítica não‐invasiva para ajudar os médicos a diagnosticar, avaliar o estágio em que está uma eventual doença e determinar a terapia adotada contra o câncer e outras doenças.
A tecnologia é capaz de diferenciar lesões, previamente identificados por outros métodos de diagnóstico, como a ressonância magnética e a tomografia computadorizada, em benignas e malignas. Com isso, evita‐se a realização de exames desnecessários e muitas vezes dolorosos no paciente, como a biópsia em tumores benignos. No caso de tumores malignos, obtém‐se um melhor direcionamento para a aplicação de terapias específicas, como a radioterapia e a quimioterapia.
O Incor foi o pioneiro na introdução dessa importante tecnologia no Brasil, em 2003, quando adquiriu um equipamento PET‐SCAN. Ao mesmo tempo em que sua equipe técnico‐científica dominava essa tecnologia, o Instituto produzia inúmeros estudos de referência, comprovando o custo‐benefício positivo do uso do aparelho no diagnóstico em oncologia.
Atualmente existem perto de 100 equipamentos PET‐CT instalados no Brasil.
O Incor é responsável pelos únicos dados nacionais existentes sobre a efetividade clínica e sobre o custo‐efetividade do exame PET em pacientes com câncer de pulmão, linfoma e câncer de esôfago, entre outros.
A grande vantagem do PET em pacientes oncológicos ‐ afirmam os estudos do Incor e também as pesquisas internacionais ‐, em compração aos métodos de diagnóstico convencionais, é a maior sensibilidade e acurácia para detectar eventuais metástases decorrentes de lesões tumorais regionais..
A avaliação correta da extensão do tumor no organismo, propiciada pelo exame, permite ao médico oncologista decidir pela terapêutica mais adequada ao paciente. Com isso, pode‐se evitar procedimentos cirúrgicos desnecessários e, dessa forma, melhorar sensivelmente a sobrevida e a qualidade de vida do paciente com câncer.
No caso de câncer de pulmão, por exemplo, os resultados de um exame podem determinar, em até 50% dos casos, a mudança de conduta do médico. Não há dúvida, portanto, que a utilização de um método de diagnóstico mais avançado determinará um tratamento mais acurado e, como consequência, a otimização dos custos hospitalares, na medida em que se alcança um procedimentos mais adequado.
Desde que o Incor instalou seu equipamento, em 2003, inúmeros hospitais privados e serviços públicos brasileiros adquiriram o aparelho com a tecnologia atualizada para PET‐ CT, e as pesquisas mundiais com essa nova tecnologia avançaram consideravelmente.
NOVAS PESQUISAS
O Incor já tem aprovadas por agência de fomento (Fapesp) e de normatização da pesquisa (Cappesq/FMUSP) estudos sobre o potencial do PET‐CT em diagnóstico e avaliação de doença arterial coronária. Esses estudos permitirão avaliar sob uma nova perspectiva, a perfusão miocárdica e a função ventricular do coração.
Serão utilizados nessas pesquisas radiofármacos não convencionais para esse tipo de exame, na tentativa de buscar imagens com mais informações para a adoção de conduta terapêutica pelo médico.
Entre esses radiofármacos estão a amônia marcada com nitrogênio 13 e, para estudo de viabilidade miocárdica em pacientes infartados, a glicose marcada com flúor18. Outro radiofármaco que será pesquisado pelo Incor é o rubídio‐82, que resulta em imagens de melhor qualidade e permite a realização de estudo de perfusão miocárdica, sob estresse e em repouso, em apenas 30 minutos. Em exames convencionais de medicina nuclear, esse exame pode demorar até quatro horas.
Um exame de corpo inteiro PET‐CT custa no mercado cerca de R$ 3.400,00, incluindo nesse valor o radiofármaco utilizado no exame.
MEDICINA NUCLEAR NO INCOR
A medicina nuclear existe no Incor desde a fundação do Instituto, há 26 anos. Hoje a especialidade médica é organizada pelo Serviço de Medicina Nuclear e Imagem Molecular, que atende 2,2 mil pacientes por mês, 85% deles financiados pelo Sistema Único de Saúde. O Serviço realiza exames de cardiologia nuclear e medicina nuclear geral, com exames não invasivos e de alto poder diagnóstico e prognóstico. Possui sete aparelhos e opera 14 horas por dia.
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