Imprensa
INCOR REALIZA CAMPANHA PARA ESCLARECER A POPULAÇÃO SOBRE O DIAGNÓSTICO PRECOCE DA HIPERTENSÃO E DA DOENÇA RENAL
10/03/2011
Campanha “Proteja seus Rins e Salve seu Coração”, que acontece na quinta‐feira, 10 de março, das 9h às 16h, no Incor, oferecerá a pessoas de todas as idades serviço de medição de pressão arterial seguida de orientação para prevenir as doenças cardiovasculares e renais.
Cerca de 10% dos casos de hipertensão arterial, ou pressão alta, são causados por problemas de estreitamento das veias localizadas dentro dos rins. Por sua vez, a hipertensão é a maior causadora de insuficiência renal em pacientes submetidos à diálise, depois do diabetes. A estreita relação entre hipertensão e doença renal ‐ que, quando conjugadas, piora o quadro de ambas as doenças ‐ requer de médicos e pacientes atenção contínua para a detecção precoce de qualquer sinal de problema nos sistemas renal e cardiovascular.
Para comemorar o Dia Mundial do Rim, o Incor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMUSP), em parceria com a Sociedade Brasileira de Nefrologia, promoverá no dia 10 de março, entre 9h e 16h, a campanha “Proteja seus Rins e Salve seu Coração”. Profissionais do Instituto do Coração atenderão gratuitamente a população para medição de pressão arterial, seguida de orientação sobre os riscos da hipertensão e das complicações renais sobre a saúde do coração.
Agir de maneira preventiva e fazer o diagnóstico precoce é a chave para evitar o surgimento e o agravamento dessas doenças, diz o Dr. Luiz Bortolotto, diretor da Unidade Clínica de Hipertensão do Incor.
A prevenção e o tratamento da hipertensão requerem a adoção de hábitos de vida saudáveis, com dieta nutritiva e balanceada e prática de atividade física regular.
SERVIÇO
CAMPANHA “PROTEJA SEUS RINS E SALVE SEU CORAÇÃO”
Promoção: Incor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMUSP) e Sociedade Brasileira de Nefrologia
Quando: 10 de março de 2010, das 9h às 16h
Onde: andar térreo do Incor – Av. Dr. Enéas de Carvalho Aguiar, 44 – Cerqueira César – São Paulo/SP.
INFORMAÇÕES PARA A IMPRENSA
Assessoria de Imprensa do Incor‐HCFMUSP
11‐3069‐5437 / 5016
incorpress@incor.usp.br
RETROSPECTIVA
A Unidade Clínica de Hipertensão do Incor trabalha desde seu início, de forma precursora, com o conceito de integração entre nefrologia e cardiologia. Isso porque complicações renais da hipertensão pioram a condição do coração. Além disso, algumas formas de hipertensão que têm origem em problemas nos rins se manifestam com sintomas cardíacos. Em uma dessas formas, o paciente pode apresentar hipertensão arterial provocada pelo estreitamento de uma ou mais artérias nos rins – a dificuldade da passagem do sangue nessas artérias provoca aumento da pressão arterial. Se não tratada, a hipertensão arterial de origem renal pode levar à doença do coração, particularmente à insuficiência cardíaca, piorando o prognóstico do estado clínico do paciente.
PRESSÃO ALTA E CORAÇÃO
A pressão alta é a origem de 40% dos infartos, 80% dos acidentes vascular cerebral (AVC) e 25% dos casos de insuficiência renal terminal, diz o médico. Ela é preocupante também por ser uma “inimiga silenciosa”, ou seja, muitas vezes, o doente não sente qualquer sintoma da doença. “As manifestações mais comuns a ela atribuídas ‐ entre as quais dor de cabeça, cansaço, tonturas e sangramento pelo nariz ‐ podem não ter uma relação de causa e efeito com a elevação da pressão arterial”, explica o Dr. Luiz Bortolotto, diretor da Unidade Clínica de Hipertensão do Incor.
A prevenção, alerta o especialista, é a maneira mais segura de combater esse mal que acomete 30% da população adulta brasileira. As pessoas na faixa etária acima de 60 anos formam o grupo mais vulnerável: mais de 50% têm a doença. Nem os mais jovens estão seguros: 5% das crianças e adolescentes brasileiros são hipertensos.
Embora a pressão alta não tenha cura, suas graves consequências podem ser evitadas. “Para isso é fundamental que, primeiro, os hipertensos conheçam sua condição e, segundo, mantenham‐se em tratamento para o resto de suas vidas”.
Campanhas como a do Incor e SBN são importantes, na visão do especialista, exatamente porque auxiliam na identificação dos hipertensos e das pessoas que têm risco elevado para desenvolver a doença, no curto e médio prazo.
O auxílio de instituições militantes nessa área adquire relevância frente à constatação de que em apenas 29% das consultas médicas no Brasil se faz a medição da pressão arterial do paciente. A situação não melhora muito em quem já tem o diagnóstico para a doença. Somente 23% dos hipertensos controlam corretamente a pressão; 36% não fazem controle algum e 41% abandonam o tratamento logo depois da melhora inicial nos níveis de pressão arterial – “infelizmente esses pacientes confundem a hipertensão com uma doença aguda, como uma simples gripe, ou com um sintoma passageiro, como uma dor de cabeça”, lamenta o médico.